quinta-feira, 2 de julho de 2009

Campanha na Net para criança de Nisa

É mais um caso em que a Internet está a ser usada para ajudar uma criança com problemas de saúde. Desta vez é um rapaz de cinco anos, residente em Nisa, e a quem foi diagnosticada microcefalia. Através do YouTube e de blogues (http://aquemealemtejo.blogspot.com/), amigos e familiares apelam à recolha de tampinhas para angariar verbas para a aquisição de tecnologias que lhe permitam comunicar com o mundo.

"Trata-se de um equipamento caro, atendendo às condições económicas da família, cuja compra possibilitaria uma maior interacção da criança com o que a rodeia", diz Mariana Pires, professora especializada da Equipa de Intervenção Precoce de Nisa.

A campanha de solidariedade pede a recolha de tampinhas de plástico, destinadas à reciclagem, e prevê a realização de um espectáculo no cineteatro da terra.

André Gravelho sofre de uma doença que provoca um desenvolvimento do crânio e do cérebro inferior ao normal. Segundo uma fonte médica, a microcefalia afecta cerca de 1 em cada 40 mil recém-nascidos, provocando atraso mental e perturbações motoras."O André foi um bebé muito sossegadinho. Só nos apercebemos de que existia algo de errado quando, por volta de um ano, ainda não se conseguia sentar nem tinha força nas pernas", revela a mãe, Ana Cristina Gonçalves. Desde cedo se "começou a notar" que o tamanho do cérebro era inferior ao das outras crianças. Foi o primeiro sinal de alerta. Depois vieram os atrasos no desenvolvimento motor e na fala, a realização de exames médicos e o diagnóstico: microcefalia. "Ficámos sem saber como lidar com a situação. Iniciou a fisioterapia, inscrevemo-lo na intervenção precoce e, dessa forma, temos conseguido fazer mais por ele", diz a mãe.

Uma das "grandes conquistas" do André foi começar a andar. Tinha cerca de 4 anos. Sem conseguir falar - "será muito difícil vir a dizer alguma coisa" - e com grandes dificuldades cognitivas e de coordenação das mãos, apenas os computadores adaptados poderão permitir melhorar a forma de o André comunicar com quem o rodeia.

"Ele não tem como exprimir sentimentos, pensamentos, vontades e necessidades", refere Mariana Pires, explicando que há soluções tecnológicas que permitem, ao carregar numa simples tecla, "transmitir mensagens simples, como dizer se tem fome ou sede".

in"Diário de Noticias"

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